Quando eu limpo a minha lente,
Eu vejo claramente,
O fosco de um foco distorcido,
Quando faço a clareza,
Eu percebo como tudo estava sujo,
E que nem tudo é visto com visão,
Há sentidos,
Há pureza,
Há sentimento...
Então me levanto e sigo em frente,
Pois para trás não se deve andar.
O tempo é curto demais,
E é muito provável que a música acabe...
Bem antes de você perceber...
Que ela te tocou,
E você sentiu.
Acaba-se; assim...
Escurece.
E amanhã...
Amanhece.
Não há tempo de voltar a trás,
De uma música imperfeita.
Mas há tempo suficiente,
Para descobrir no que se acredita.
Então...
Acaba-se
O inacabável.
Você vê tudo.
Sente tudo.
E passa a amar a si.
E toda a sua natureza.
Numa perfeita sintonia.