quinta-feira, 14 de abril de 2011

há o que lá?

Quando o reflexo vem,
Eu olho meus olhos,
Tento me ver,
Mas não sei o que na verdade vejo,
Parece uma imagem distorcida,
Sinestésica,
Drogada...
Triste.
Sempre frigida,
E sem graça.
Nunca olhei para mim,
Com outros olhos,
Há não serem estes,
Que no presente,
Sempre ficou presente,
Então, eu sorrio para mim,
E tento fazer com que me engane,
Mas nunca adiantou,
Eu posso não saber o que é isso,
Mas sei o que sinto,
Se não soubesse,
Não estaria olhando,
Os meus olhos...
Meus próprios olhos.
Que sem fim...
Vê o que?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

vida que roba o que é dela.

Meu desejo,
Ta em mim,
O desejo,
Esse desejo,
Pertence a vida,
Que não está mais em mim,
Mas to viva,
E o desejo ainda esta em mim,
Mas pertence à vida,
Só posso fazer milagres
Se a vida me permitir.
Então o desejo é vivo,
Junto com a vida viva,
Quando morro,
Não desejo mais nada.
To amargurada,
Por saber...
Que to viva por causa da vida.
Tanta liberdade,
Que só no pensamento abre,
Meu desejo é meu papel,
Pertence ao sol e a lua.
Estou presa em sintonia do mar.
Mar este...
Onde vais me levar?

domingo, 10 de abril de 2011

Querendo saber...

Eu me torturo,
Por que me vejo,
Num mundo interno,
Que não há.
Eu me perco,
Por que não sei,
Onde vou chegar,
Caminho pé a pé,
Como se isso fosse uma razão,
De um destino,
De um prazer...
Eu me torturo,
Por ver o que sinto,
E sinto o que na verdade...
Gostaria de ver.
Eu me amarguro...
Na solidão,
Pois é nela que poucos acham...
A verdadeira saudade,
Saudade esta que vem em vão,
Amarguro-me,
No silencio solitário,
Em que desejos o acompanham.
Queria saber,
Se liberdade é dupla como...
Duas folhas perdidas no espaço.
Se ela é dupla assim como...
Essa questão.
Eu queria,
Queria saber.







limite.

Pede meu corpo para que dances,
Dances aqui na estrada,
Dances ali na construção,
Não precises tu de um espaço,
Para poder sorrires de um modo certo,
Para poder dançares de um modo certo,
Não precises tu de autorização,
Para poder cantares,
Para poder brigares,
Para poder lutares,
Tu e eu não somos diferentes,
Somos águas mornas dentro de um formigueiro,
Cabem a nos virarmos formigas ou não,
Alcançares vida é muito,
Viver é pouco,
Somos categorias humildes,
De outras gentes,
Que medem medo,
E que não cantão,
E que não sorriam,
Lugar errado não existe,
O que existe é não viver.