sexta-feira, 25 de março de 2011

leve,

vento da calada

No repouso do leito,
Vivo a ilusão,
Como se fosse canção,
De um mundo perfeito,
Na noite que cai,
Vejo no vento a triste, ironia,
Que para ele, não é nada, é vento.
Quando giro em torno de mim mesma,
Olho o ser que ali habita,                
No vento, e no leito, e na existência.
Do que se tem vida?
Quem pode olhar para mim?
Quem pode me escutar no silêncio?
Tenho tanto para exclamar,
Mas sou como vento,
Repartido por caminhos ousados,
Distantes,
Solitários,
Que passa e que passa,
E o que me resta?
Noite, noite calada.
Que em lençóis de desencanto,
De obrigações,
De apenas penas voando no céu.
É o que resta.
Sonhos... É que me faz ver a realidade,
É o que resta da verdade
Para ser livre o cometa não passa,
Então me prendo na estrela,
Até um dia o cometa passar,
E eu disser: isso é o que estava tentando dizer.
Até esse dia não chegar me perco na noite,
E no vento da esperança.




sábado, 19 de março de 2011

logo,logo.

Logo longe, logo perto demais,
Lá é o pico da sabedoria,
Aqui a erronia vida,
Lá é muito distante,
E aqui é do pecado instante,
Oh! Tempo inferno da dor,
Oh tempo! Oh! Amor!
Tudo ou nada,
Quem se importa?
Lá e aqui e agora ou depois,
Quem se importa?
Inferno! Infernal,
Dor, amor, paz.
Nada se manifesta além do,
 lá aqui e agora!
Viver,
Viver?
Mas pelo que?
Se logo aqui será logo depois?
Velha, velhice da passagem daqui,
E pra onde?
Lá aqui agora.
Lá aqui agora.
Oh! Tempo...
Oh tempos!
Oh vida.

sexta-feira, 11 de março de 2011

um pouco mais.






Como se vive na escuridão?

Como se vive na morte?
Quando tudo parece ser valido,
Mas na invalidez você transparece?
Como se vive?
Como se sobrevive da tristeza?
Quando? Onde? Como?
Posso ser feliz?
Como que é o sentimento?
O sentimento do amor?
O sentimento de viver... Na liberdade.
Você pode me deixar viver?
Minha miséria é rica,
Mas só os ricos vêem.