domingo, 9 de outubro de 2011

Sem fundo.

Você sabe o que eu sinto?
Uma cadeira virada,
Cadeia de mim
Brincadeira no escuro azul...
Ao nublado e indeciso.
Você sabe o  que sinto?
A solução para o frio?
Sabe a proteção da vida...
Morrer com o coração no pulmão, deixando-se...
Difícil respirar com o coração batendo...
Difícil ser e estar,
Difícil existir... Deixando-se.
Sorriso de um desespero,
Lembranças desse riso bobo,
Dessa desgraçada,
Da virada,
Da curva,
Da linha... Tudo.
Você pode ver o que eu sinto?
Quem é essa?
Essa que lhe invoca tanto sofrimento?
Por um fundo sem fundo.
Sem profundeza...
No limite do infinito.
Por que continuas aqui?
Vou deixar o veneno,
Perto da porta aberta,
Transformar o veneno em colírio...
E nunca mais ver o que eu vejo.
Imaginar o fundo mais doce...
Mas puro que a realidade.